A O’PEOPLE convidou Conceição Queiroz, uma cara bem conhecida de todos nós, pela sua função de pivot na TVi24, para nos dar o seu depoimento sobre Lisboa Oriente. Como seria de esperar, foi uma conversa muito interessante e rica em conteúdos, permitindo-nos descobrir o que esta zona da cidade tem para oferecer aos seus moradores.
CQ É como estar numa cidade dentro da cidade. Para mim, Lisboa Oriente respira sofisticação e transmite-me uma sensação cosmopolita, talvez por ser a zona da cidade onde podemos encontra maior concentração de altos e modernos edifícios (Parque das Nações), emblemáticas construções como a Gare do Oriente, largas avenidas e planas, coisa que no centro histórico seria impossível!
CQ Acho que tem uma realidade muito própria, mas não deixa de perder a identidade com aquilo que é Lisboa, pela presença do rio Tejo, por exemplo. Mas, desde logo, a zona do parque da Nações se apresenta como uma montra de arquitectura moderna, tanto nos edifícios residências como nos edifícios de escritórios, um centro de negócios potente com a presença de tantas multinacionais por detrás de tantas fachadas envidraçadas…. acho que é o que mais de destaca em contraposição com o lado mais clássico da nossa Lisboa Antiga.
CQ: Imagino, pois. Tanta coisa para fazer e viver… diria que começaria por tomar um nutritivo pequeno almoço em casa, para depois sair para uma sessão de ginástica ao ar livre. Ouvi dizer que esta é uma das zonas da cidade com mais espaços verdes, logo teria que aproveitar essa vantagem. Depois de um refrescante banho, uma passagem por algumas lojas de rua ou mesmo no shopping. Um almoço com amigas numa esplanada á beira rio e deixar que a tarde se envolva em conversas. Ou, se para aí estivesse virada, uma boa leitura, numa tranquilizante zona junto ao rio.
É impossível não envolver o rio em qualquer que seja a decisão…! Percorrer de bicicleta um dos mais completos circuitos de arte urbana que a cidade tem para oferecer e que está literalmente espalhado por estas ruas. Ao cair do dia, assistir ao por do sol, no sky bar panorâmico e degustar um bom vinho nacional, dando a entrada para um jantar a dois, num dos muitos e fantásticos restaurantes que esta zona oferece. Para terminar, uma passagem pelo casino, só para testar a sorte e assistir a actuações ao vivo de músicas do mundo. Parece-me um dia bastante preenchido!
CQ Em determinadas zonas, como o Parque das Nações, nota-se que é uma zona muito internacionalizada, é um facto. Não sei se por ser um forte polo de negócios e, como tal, atrai profissionais de várias partes do mundo ou se os estrangeiros também já descobriram esta zona da cidade para viver, o que seria perfeitamente natural e lógico. Mas, no geral, parece-me mais uma zona Lisboeta, como muitas outras, com famílias, crianças, novos e velhos em perfeita comunhão. Tenho reparado que há muitas escolas, o que pode justificar a presença de tantos jovens nas ruas. Vejo ritmos diferentes, próprio de uma cidade moderna, com gente apressada a entrar no metro contrapondo com a calma de quem passeia o cão na rua.
CQ Bem, o que costumo fazer e acho que a maior parte das pessoas assim pensa, é ver as acessibilidades e de que forma podem contribuir para a minha qualidade de vida. Ninguém quer passar horas no trânsito… parece-me que há várias soluções a esse nível e, apesar de hoje em dia termos ainda o carro como uma constante no nosso dia-a-dia, há variadíssimas soluções de transportes públicos na zona, mesmo para quem tenha carro. Acho que o futuro terá que continuar a passará por usar mais os transportes públicos e menos o carro. E para quem se queira deslocar para mais longe, encontra soluções aqui mesmo na Gare do Oriente, de comboio, ou até de avião, já que o aeroporto está praticamente na zona. Depois, parece-me importante salientar a presença de instalações de saúde quer privadas como públicas. Ter qualidade de vida, no que toca a habitação, é isso mesmo, poder viver perto de tudo o que precisamos no dia a dia. Então se pudermos trabalhar e viver na mesma zona, reduzindo desta forma o nosso tempo em deslocações, só estaremos a investir na nossa qualidade de vida.